Seletividade alimentar é um comportamento que se caracteriza por recusar alimentos, ter pouco apetite ou desinteresse por comida. É comum na infância, principalmente entre os 2 e 6 anos de idade.
Algumas características da seletividade alimentar são:
- Comer sempre os mesmos alimentos, texturas, temperos, alimentos industrializados da mesma marca
- Recusar alimentos antes de experimentá-los
- Evitar grupos alimentares inteiros, como frutas, vegetais ou leguminosas
- Sentir angústia quando são incentivados a experimentar novos alimentos
- Náusea e vômito ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos
A seletividade alimentar pode ter inúmeras causas, entre elas:
- Condições de saúde: distúrbios gastrointestinais que podem provocar dor ou incômodo como esofagite, refluxo, constipação e alergias alimentares; dificuldades, motora oral
- Questões emocionais: estresse, ansiedade, transtornos alimentares e outras condições emocionais
- Alta sensibilidade sensorial: dificuldade com texturas, sabores, odores e cores de alimentos
- Família: o ambiente familiar, a rotina das refeições, pressão par comer, o que é oferecido e como os pais lidam com a alimentação
- Experiências desagradáveis: engasgos, internações, intoxicação e até a ingestão forçada de certos alimentos na infância
A seletividade alimentar pode impactar a ingestão de nutrientes essenciais e comprometer o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social.
É importante fazer uma boa avaliação para que se consiga entender os motivos da seletividade e traçar um plano de tratamento. Muitas vezes o tratamento é multidisciplinar, envolvendo o nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, gastropediatra entre outros.